sábado, 24 de abril de 2010

A última visita

O único rastro de luz
é o farol de um carro aceso
guiando a estrada já perdida pela escuridão

Percorri
ao escuro
ao silêncio
ao frio

Percorri
sobre a música de meus pensamentos
que me acompanharam durante a chegada

Mão fechada que guardava
as palavras abstratas

Mão gelada que já não sentia
o calor da ansiedade (a)colhida

Tua campainha tocou
nenhuma alma compareceu
até derrepente uma luz se acender

Mãos a entregue
acompanhada de uma breve despedida...

Mas tu não estavas lá.


Ficou tão escuro o caminho da partida
que postes já não acendem
que postes já nunca existiram por lá

-Rastro nenhum.

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