terça-feira, 19 de julho de 2011

A pedido,

Postando fotos das dez coisas que mais gosto:

1.Fotografia
Registro de lembranças



2.Amor
A inspiração



3.Chuva
A saudades que chove dentro de mim




4.Poesia
Palavras tomadas da vitamina de Umbu




5.Música
Para relaxar.dançar.cantar ou simplesmente viajar, sinônimos do AR




6.Cinema
Minha junção favorita!


7.Viajar
Quando a cabeça começa a borbulhar, e a mente começa bater na máquina de escrever, entende?



8.Beatles
Não é preciso mais que isso, simplesmente levo comigo



9.Mar
Cala aqui dentro outras profundezas, traduz dimensões




10.Amigos
Para dançar iê iê iê e louvar um lugar do caralho



By Marina F. Magalhães



ps: a classificação dos números não tem nada a ver com os lugares que considero por ordem. Cuido bem de todos. Sem preferencias. Pra mim é tudo batido no liquidificador.

-Obrigada Paulinha pela dica ;*

terça-feira, 12 de julho de 2011

Fale Caio, fale.

Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar.

Caio Fernando Abreu - Pálpebras de Neblina

Fim de tarde. Dia banal, terça, quarta-feira. Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. Projeções: e amanhã, e depois? e trabalho, amor, moradia? o que vai acontecer? Típico pensamento-nada-a-ver: sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará. Essas coisas meio piegas, meio burras, eu vinha pensando naquele dia. Resolvi andar. Andar e olhar. Sem pensar, só olhar: caras, fachadas, vitrinas, automóveis, nuvens, anjos bandidos, fadas piradas, descargas de monóxido de carbono. Da praça Roosevelt, fui subindo pela Augusta, enquanto lembrava uns versos de Cecília Meireles, dos Cânticos: "Não digas 'Eu sofro'. Que é que dentro de ti és tu? / Que foi que te ensinaram/ que era sofrer ?" Mas não conseguia parar. Surdo a qualquer zen-budismo, o coração doía sintonizado com o espinho. Melodrama: nem amor, nem trabalho, nem família, quem sabe nem moradia - coração achando feio o não-ter. Abandono de fera ferida, bolero radical. Última das criaturas, surto de lucidez impiedosa da Big Loira de Dorothy Parker. Disfarçado, comecei a chorar. Troquei os óculos de lentes claras pelos negros ray-ban - filme. Resplandecente de infelicidade, eu subia a Rua Augusta no fim de tarde do dia Tão idiota que parecia não acabar nunca. Ah! como eu precisava tanto de alguém que me salvasse do pecado de querer abrir o gás. Foi então que a vi. Estava encostada na porta de um bar. Um bar brega - aqueles da Augusta-cidade, não Augusta-jardins. Uma prostituta, isso era o mais visível nela. Cabelo malpintado, cara muito maquiada, minissaia, decote fundo. Explícita, nada sutil, puro lugar comum patético. Em pé, de costas para o bar, encostada na porta, ela olhava a rua. Na mão direita tinha um cigarro, na esquerda um copo de cerveja.
E chorava, ela chorava. Sem escândalo, sem gemidos nem soluços, a prostituta na frente do bar chorava devagar, de verdade. A tinta da cara escorria com as lágrimas. Meio palhaça, chorava olhando a rua. Vez em quando, dava uma tragada no cigarro, um gole na cerveja. E continuava a chorar - exposta, imoral, escandalosa - sem se importar que a vissem sofrendo. Eu vi. Ela não me viu. Não via ninguém, acho. Tão voltada para a própria dor que estava, também, meio cega. Via pra dentro: charco, arame farpado, grades. Ninguém parou. Eu, também, não. Não era um espetáculo imperdível, não era uma dor reluzente de néon, não estava enquadrada ou decupada. Era uma dor sujinha como lençol usado por um mês, sem lavar, pobrinha como buraco na sola do sapato. Furo na meia, dente cariado. Dor sem glamour, de gente habitando aquela camada casca grossa da vida. Sem o recurso dessas benditas levezas de cada dia - uma dúzia de rosas, uma música de Caetano, uma caixa de figos. Comecei a emergir. Comparada à dor dela, que ridícula a minha, dor de brasileiro-médio-privilegiado. Fui caminhando mais leve. Mas só quando cheguei à Paulista compreendi um pouco mais. Aquela prostituta chorando, além de eu mesmo, era também o Brasil. Brasil 87: explorado, humilhado, pobre, escroto, vulgar, maltratado, abandonado, sem um tostão, cheio de dívidas, solidão, doença e medo. Cerveja e cigarro na porta do boteco vagabundo: carnaval, futebol. E lágrimas. Quem consola aquela prostituta? Quem me consola? Quem consola você, que me lê agora e talvez sinta coisas semelhantes? Quem consola este país tristíssimo? Vim pra casa humilde. Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui. Não por nobreza: cuidar dele faria com que eu me esquecesse de mim. E fez. Quando gemeu "dói tanto", contei da moça vadia chorando, bebendo e fumando (como num bolero). E quando ele perguntou "porquê?", compreendi ainda mais. Falei: "Porque é daí que nascem as canções". E senti um amor imenso. Por tudo, sem pedir nada de volta. Não-ter pode ser bonito, descobri. Mas pergunto inseguro, assustado: a que será que se destina?

(in: Pequenas Epifanias)

Magalhães

J'ai écrit ce poème
Sur le Mur
Juste à derrière notre lit
Et murmure ça ne lis pas le fort
Et quand tu a besoin
Je vais chanter pour toi





Je vais chanter avec âme
Et te regarder au choir sur mon coeur
Si je me voyage
Si je ne suis pas ici
Par sourir pour toi
Ouvrir la fenêtre
Le lit à la lune
Qui je te écouterai
Sur mon coeur
Posso te contar um segredo?



-Coleciono pessoas de alma, e tu?

segunda-feira, 27 de junho de 2011

“As coisas tem que passar, os dias têm que mudar, os ares têm de ser novos e a vida continua, com ou sem qualquer um.”





“As coisas tem que passar, os dias têm que mudar, os ares têm de ser novos e a vida continua, com ou sem qualquer um.” .






CAIO GURU.
.
Mudando,
preciso
de
mais




ESPAÇO


.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Coincidência-considerada

Faz pouco tempo que estou trabalhando no shopping em uma livraria, perto de casa... E algumas semanas atrás antes de eu saber que poderia retirar um livro em meu trabalho, fiquei pensando se havia algum livro que conta-se a história sobre uma tal garotinha que foi seqüestrada e ficou em um cativeiro por muitos anos. Foi então que no dia seguinte encontrei ele por 'acaso'. Fiquei em dúvida se levaria ele para casa ou optaria por uma leitura menus maçante.

Estava com tanta pressa que não pude pensar, larguei de mão de um romance, e peguei logo aquele livro mesmo. Ele se chama: 3096 Dias Natascha Kampusch. Esse livro conta a história da menina austríaca que foi sequestrada quando tinha dez anos de idade em 1998, permanecendo sob custódia de seu raptor por mais de oito anos, até sua fuga em 23 de agosto de 2006. O caso foi descrito como um dos mais dramáticos da história criminal da Áustria.




Pode-se encontrar mais sobre o assunto no Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Natascha_Kampusch ou pela internet


Pode se apavorar quem olha a perícia do cativeiro em que Kampusch passou seus oito intensos anos de muito sofrimento e privação de liberdade
http://www.youtube.com/watch?v=uWeUurZ13HA




Ainda não terminei de ler o livro, mais estou quase chegando ao fim. O que fiquei espantada mesmo, foi quando li o capítulo em que fala de seus maus tratos e fome que Natasha tinha passado. Na manhã do dia seguinte acordei com uma hematoma na panturrilha muito roxo...No livro conta que ela levava muitos chutes e ficava com tantos hematomas que mal conseguia achar uma posição adequada para dormir. Parece até engraçado, mais não lembro de eu ter batido em nenhum lugar sequer.

Penso se a alma daquele sequestrador ainda habita a terra. Penso em tudo que aconteceu com a pobre Natascha, nas noites em que ela chorava, a falta dos pais, no mau cheiro do claustofobico cativeiro apertado em que ela passou todo esses longos tempos, na porta de concreto que fechada, logo depois mais um cofre pesado e diversas portas em que ela ficou trancada, pensando que poderia ser enterrada viva se algo acontece-se com o sequestrador, penso nos maus tratos também, e em tantas coisas que a minha cabeça chega dar voltas.

Como seria se ele estivesse ainda vivo? Se ela não estivesse escapado? E se ela fosse realmente enterrada viva? são muitas as perguntas. O fato é que penso toda noite em Natascha antes de dormir, e principalmente em Wolfgang Priklopil, o próprio sequestrador, que me da um certo medo que me faz dormir enrolada ao casulo no cobertor feito a criança como Natascha, na época em que foi sequestrada aos de dez anos de idade, com muito medo quando ia se deitar durante a noite.



-Na maioria dos casos muitas pessoas já teriam desistido. Sei que ela foi forte suficiente para aguentar tudo, e principalmente tentar tranformar aquele seu mundo interior que vivia em um mundo menus cinza possível.
E o meu hematoma dói, mais sei que não chega nem perto da dor que ela sentiu, ou ainda sente.


Creio eu que Priklopil precise de ajuda (...)

De-vastando vida verde

A terra sendo engolida
para uma estante de concreto

Nascer,
Morrer

a Vida.


Sendo destruída a destroços
para uma estante de concreto

Subir,
Descer


Toda a terra em subsolo.


Esquecendo de raízes nascendo

VIDA.




-Fotografia que extrai de minhas lentes, vista hoje pela manhã ao caminho de casa. Não pude deixar de reparar a montanha de terra sendo depredada para ocupar-se por materiais de cimento armado. A paisagem ali não é mais a mesma, as árvores que antes eram, agora ocupam um ambiente de um céu limpo, acima da terra onde o sol ainda brilha por pouco tempo respirando solo fértil, amanhã já será outra história para contar...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Há dores que pertence a ambos .

'May you always be courageous,
Stand upright and be strong,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.'








Faz sentido junto a cena do carro, um dia chuvoso como hoje, e a tua mãe chorando de medo da perda do filho tomado pela doença que te corroía por dentro. Temi também, juro que temi. E ao fundo ouvia-se a voz de Bob Dylan cantando 'forever young' e tu chorando baixinho. Chorava por dentro, acredite, precisava ser mais sólida que tu. Sei que terias feito paridade do mesmo. Te abracei o quanto o pude, e em meus braços ficou o silêncio.






Fez-se então.









-Entre essa e outras, imagens que registro. Guardando as para quem sabe algum dia projetar em aparelhos cinematográficos.


Tu é minha ARTE, viva aqui ♥



PRA SEMPRE JOVENS






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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

-Tente. Sei lá, tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem. Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe. Se a realidade te alimenta com merda, meu irmão, a mente pode te alimentar com flores. Eu não estou fazendo nada de errado. Só estou tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas.

(Caio Guru.Fernando Abreu)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Abistinencia de vida


Quem disse que não se pode viver de Arte?
Quem disse que Arte não enche barriga?



Alimento-me

Dê.








Somos programados a ser como máquina que funciona sem pensar,
se somos como robôs não temos imaginação,
se somos como robôs,

Não temos magia?!




-Redigiro para ferrugens.
Bendita seja o fruto entre instinção .

-O mundo precisa um pouco mais de sua gentileza.





Ela continua fechada,
suas rosas morrendo cada vez mais em preto e branco


-Cadê a chave que trancou toda a Arte que fiz?










Não mate a tua Arte!
-É o que eu digo para meus amigos,
que assim transcrevem em seus esboços pequenas percepções de dias sufocados.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Esqueceram de mim?!







dentro de uma Gavetinha.