quarta-feira, 31 de março de 2010

"One day you fall for this boy. And he touches you with his fingers. And he burns holes in your skin with his mouth. And it hurts when you look at him. And it hurts when you don't. And it feels like someone's cut you open with a jagged piece of glass"

segunda-feira, 29 de março de 2010

(...)

Lembro quanto aprendi
O quanto ensinei
Lembro o quanto vivi
O quanto sonhei

Só não lembro onde guardei
O que eu sentia quando te via
Se era noite ou era dia
Só enxergava o que eu queria

Sentimento não tem querer
Como o meu jeito de ver
O que mudou não quer dizer
Reconheço não mais te conhecer
Reconheço não mais te conhecer

sábado, 27 de março de 2010

SubMarina

Mar-vem
Mar-vai


Sempre soube que pertencia a ele
O Mar

Tardes de verões
tardes de invernos

Chuva e sol
sol e chuva

Era no deposito de líquido
de água e sal onde (eu) ficava

As vezes azul
as vezes verde

Dependente da sua coloração
era lá onde (eu) estava

Submersa

Envolvida aos fragmentos
da brisa e das ondas

Pensamentos distantes
da luz do sol e do vasto horizonte


Bela vista em moldura velha


E as vozes falavam:
-Vá
Correr em busca do líquido profundo
Afogue tudo o que te afogar
Deixe o mar (ele) te levar

Só me prometa que não dormirás...

Ao despertar de Dezembro...


...ou antes de morrer como os insetos.



Para ler ao som de In My Life, dos Beatles,
composição de John Lennon e Paul Mc Cartney


Onde vivia os pensamentos
-em tardes de domingo

Sonhos feitos de algodão doce
-azul e rosa

Visitas
-a um velho sábio

Dissemelhante
-o que quisera ser de meu espelho

Dê Ausência
-tua falta

Difíceis
-eram os tempos


Até então...



A magia surgir e ir embora com seus
passos apressados ao ritmo dela
-Música

sexta-feira, 26 de março de 2010

É para você que escrevo. Mas os escritores são muito cruéis, você me ama pelo que me mata.

quinta-feira, 25 de março de 2010



No fundo do peito esse fruto
apodrecendo a cada dentada.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Por que não sinto o que deveria sentir?

segunda-feira, 22 de março de 2010

"I don't like the country. Creeps me out. In the country, dead bodies live in swamps, and ditches, and shallow graves. A man dumps the body of a girl in a ditch. The body rotts; Melts into slime. Flowers pop up where the body lies, seeds fly out of the flowers, and a bee sucks the flowers and makes honey. And then the family of the girl buys the honey from the store. And the family eats the girl."

Capítulo 27



Hold on John, John hold on
It's gonna be alright
You gonna win the fight

(...)

When you're one
Really one
Well, you get things done
Like they've never been done
So hold on


Para onde os patos vão no inverno?

Romântica lisérgica

E com ele o outono
chegara a estação
O absinto em plástico
será novamente reciclado

Amor demodê
manias de você

Seres parecidos
vocabulário abstrato

Seus trajes de brécho
e a literatura do sebo

Um revival de lembranças
Beatle Paul na fotografia feia
um cara cafona

Musicalidade sobre
o planeta Júpiter

Molhados do verde
seguem sem rumo pela madrugada
Folhas secam voam por aí...

domingo, 21 de março de 2010

Drink nostálgico

Eu fiz questão de esquecer
Lágrimas caladas esquecer
Derramei teu nome pelo chão
E nada mais crescia nesse chão



As luzes eram das mais variadas cores
o som estava alto e eu estava girando
como o globo de espelhos
As músicas eram as mesmas em sua ordem
as pessoas estavam rindo e conversando
como uma mímica da lente de uma câmera lenta
não havia vento, só a havia chuva


Vai voltar
Por não ter aonde ir
Vai voltar
Voltar e me acordar
E me acordar


E meus olhos olhando afora cantava repetindo o refrão:

Vai voltar
Voltar e me acordar

Caranguejo no aquário

Estou a frente de uma pilha de livros que me tira a atenção do cômodo. Há uma capa de cima que se chama-se Aquário e nele ilustrado um desenho de ou peixe...

Acabo de ouvir o último ruído do portão sendo fechado. Parece que todos foram embora. Agora posso escrever em paz. Tenho uma certa sensibilidade diferente do normal, e isso as vezes me incomoda. Vejo as linhas retas sobre quatro paredes em tons branco e lilás. Vejo cores.Preciso de um papel e uma caneta e quem sabe venha a ler e escrever Caio Fernando de Abreu. A caneta em que eu uso é falha assim como meu despertar hoje pela manhã. Meu apoio é um livro que achei entre os destroços de roupas e bagunça jogadas ao chão. Parei de tomar meu remédio para a memória fazem duas semana atrás. Deitada sobre camadas de fios quentes entre uma cama espaçosa o silêncio me acolhe. Posso estar acordada ou dormindo, realmente não sei. Os sonhos tornam-se preto e branco no escuro. Estado ausente, só escuto o barulho dos gritos de meus pensamentos e passos de um cachorro. Se cachorros fala-sem, assim compreenderia o seu problema. Lamento dizer que Holden continua ainda assoprando o abstrato em meus ouvidos. O formato de pelúcia barato e feio, disfarça o tom de vermelho. Comunicação por telepatia terráquea. Esses dias vi um filme de terror onde havia uma garota que no final era puxada pelas pernas, não tive nenhum pesadelo, embora ache que esteja em um. O rastro é amarelo agora. Devo tomar um café, mas como não sei onde estão os ingredientes. Irei fazer um chocolate quente mesmo. Com um chinelo roubado e pijama emprestado desço as escadas caladas. Os quarenta segundos da xícara quente acabou de apitar. As escritas em cima da mesa me fazem lembrar os recados de minha mãe. Aquele cachorro esta sorrindo do sofá mudo. Reparei que na xícara há uma palavra- amor. Sentimento a qual tenho tomado frio demais. O relógio já passa do meio dia. Bebendo do líquido quente observo ao meu redor, e lá esta o peixe de novo. Acima da geladeira em diversas cores. Meu telefone começou a tocar. Subi as escadas e ele parou. Pare de gritar. Alguém deveria estar me chamando. Voltei e terminei os meus últimos goles. Assim servida pensei na possibilidade de ler Caio Fernando de Abreu ou quem sabe o apoio de curso para violão e guitarra do Ralph Denyer. Novamente subi as escadas e parei a frente da primeira porta, abri a fechadura do quarto e o colchão permanecia ainda lá preto e branco. Talvez devesse ligar para minha mãe...
-Eu quero voltar pra casa.

...Larguei o papel e a caneta, e voltei a ler o livro do título Aquário, só que quando me aproximei vi que havia uma pequena palavra bem no canto esquerdo- A VIDA NO Aquário.


Se peixes fossem bipolar, talvez o (s) entenderia.

sábado, 20 de março de 2010

-Sinta-se a vontade Fragmento
(EU) fânica

Vitamina de suas manhãs

Vou caminhar para além de mim mesma
Parto de madrugadas de sonhos- ensaios para o (im) possível


Como a brisa que leva ao seu alcance auditivo
se transporta ao um desejo de (mais) uma noite
permanecer ao lado da realidade


O relógio ortodoxo: são 10 pras 6




Com pés de deslocamentos, traço manhãs de luta com lápis de Utopia


Nesse frenesi de imagens
de tudo o que eu não vivi
mas que de certa forma vivi
em pensamentos reclusos
fica nas dobras do tempo
o sorriso aberto do tempo
o sorriso aberto e franco
e encaro com certo
espanto na brisa ociosa
do tempo um eu que eu
não conheci, mas que nem
por isso deixou de existir
nas escondidas lembranças
daquilo que nunca não foi...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Nos poços

Primeiro você cai num poço. Mas não é ruim cair num poço assim de repente? No começo é. Mas você logo começa a curtir as pedras do poço. O limo do poço.
A umidade do poço. A água do poço. A terra do poço. O cheiro do poço. O poço do poço. Mas não é ruim a gente ir entrando nos poços dos poços sem fim? A gente não sente medo? A gente sente um pouco de medo mas não dói. A gente não morre? A gente morre um pouco em cada poço. E não dói? Morrer não dói.




Morrer é entrar noutra. E depois: no fundo do poço do poço do poço do poço você vai descobrir quê.

quarta-feira, 10 de março de 2010

- Como pode alguém sonhar
o que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso
já é pensar em dizer
e isso, eu vi,
o vento leva!
- Não sei mais
sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer...
E isso por que?
Diz mais!

(...)

segunda-feira, 8 de março de 2010

Scire-Potere-Audere-Tacere



Saber
Poder
Ousar
Calar

sábado, 6 de março de 2010

Você

Tic-tac
tic-Tac




Mudo (em) cômodo
ao quarto escuro
lembranças remotas
presença ainda viva (habita)


Gaveta aberta: minhas escritas
Os dias são longos, mas os anos são curtos

Mudo

Tic-tac
tic-Tac




Mudo entre comodos


sexta-feira, 5 de março de 2010

A imaginação é mais importante do que o conhecimento

quinta-feira, 4 de março de 2010

Algum domingo breve

Marcamos um suco no Órdovas para prosarmos (provarmos)
mais sobre nosso edital (meu) Umbu