quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Forever Young




Lembro-me de estar sentada num banco. O verbo era esperar.

Sentada ali
sentia as árvores secas

Ao seu redor.

Fim de tarde
eram dois
eramos dois

Os dias.

Que.


O banco esperava
a noite cair, para.


Fazia-se luz
apenas de um poste

Sobre as palavras
fazia-se a verdade

Os galhos estavam secos
sobre os meus olhos

Que.

O céu ficou azul
as árvores ficaram pretas

O céu era preto
as árvores eram azuis


Tomou o suco do céu
teu remédio laranjado

Como o sol
nasce sempre mais


-Um dia.



Quando tu chegou
elas se perderam
elas se escoderam

Para guardar.

Contigo
Comigo

Nossas palavras, pra sempre jovens.

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