Lembro-me de estar sentada num banco. O verbo era esperar.
Sentada ali
sentia as árvores secas
Ao seu redor.
Fim de tarde
eram dois
eramos dois
Os dias.
Que.
O banco esperava
a noite cair, para.
Fazia-se luz
apenas de um poste
Sobre as palavras
fazia-se a verdade
Os galhos estavam secos
sobre os meus olhos
Que.
O céu ficou azul
as árvores ficaram pretas
O céu era preto
as árvores eram azuis
Tomou o suco do céu
teu remédio laranjado
Como o sol
nasce sempre mais
-Um dia.Quando tu chegou
elas se perderam
elas se escoderam
Para guardar.
Contigo
Comigo
Nossas palavras, pra sempre jovens.
Vim aqui parar através da Pâm e gostei muito do que li.Parabéns!
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